quarta-feira, 31 de março de 2010

Depois de 2000 anos de história, avanços tecnológicos, culturais e comportamentais, penso que se Jesus Cristo viesse à Terra - de novo (em forma física), ELE seria rejeitado!
ELE veio para o que era Seu, mas os Seus não o receberam; mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, os que crêem em Seu nome.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Absurdos em nome do poder

Por mera coincidência e depois de uma reunião da qual participaram Lula, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, o ministro da Defesa, Nelson Jobim e o da Justiça, Tarso Genro, veio a notícia do afastamento do presidente do inquérito, Protógenes Queiroz, e dos dois outros delegados auxiliares da Operação Satiagraha.
Para o ministro da Justiça, Tarso Genro, o inquérito está praticamente concluído; 99,9% segundo ele. Daí, o afastamento não causará prejuízos.
Consultadas as almas-penadas que não entram no céu, elas disseram que Daniel Dantas, depois do afastamento do delegado Protógenes Queiroz, teve o ego massageado pelo Planalto e não vai detonar ninguém.
A Praça dos Três Poderes está em festa. Gilmar e Tarso se reconciliaram. Jobim, sempre atento, continua na função de servir o presidente. O presidente do Senado, Garibaldi Alves, já disse que impeachment de Mendes é difícil.
Tarso Genro já deixou claro ter faltado em muitas aulas durante o curso de Direito.
Ele já chegou a afirmar que Dantas dificilmente provará sua inocência. Numa das ausências, perdeu, seguramente, a aula sobre o ônus da prova (encargo de provar) no processo penal.
Assim, não sabe - e nem desconfia pela falta de militância -, que, no processo penal, o ônus (encargo) da prova é de quem acusa (Ministério Público). O réu é presumidamente não culpável (presunção de não culpabilidade, mal chamada, no Brasil, de presunção de inocência).
Agora, ao afirmar que o inquérito policial está praticamente concluído, erra de novo. A Procuradoria da República, destinatária do inquérito policial para formar a sua "opinio delicti", pode solicitar novas diligências. Como se percebe, Tarso também não assistiu às aulas sobre inquérito policial. Pior, não leu, depois, os manuais sobre as primeiras linhas do processo penal.
Enquanto o delegado Protógenes Queiroz, segundo informa a imprensa, afirma que não pediu para ser afastado, circula a versão de que prefere sair para concluir um curso na Academia de Polícia: teria até postulado uma tutela jurisdicional para ser autorizado a terminar o curso.
Tecnicamente, o delegado, ao contrário dos juízes e promotores, não tem a garantia constitucional que assegura a inamovibilidade. Dessa maneira, pode ser substituído pelo superior hierárquico.
Meu lápis-falante, - em fase terminal pois está quase consumido por um apontador depois de tanto escrever sobre o Caso Daniel Dantas -, quer saber, antes do fim do seu grafite: Mas o tal delegado Protógenes não era messiânico, a acreditar empenhado "na luta do bem contra o mal"?

sábado, 12 de julho de 2008

Atenção, muita atenção

Ser cristão é andar na contra mão do mundo (Tg 4:4), porém, o mundo vicia, mas Cristo liberta (Jo 8:32, 36). O mundo contamina, Cristo cura. O mundo é guerra, Jesus é paz (Jo 14:27; Ef 2:14). O mundo é corrupto, Jesus purifica. O mundo acusa, Jesus perdoa (Jo 8:1-11). O mundo é ódio, Deus é amor (Rm 5:8; 1 Jo 4:8). O mundo é depressão, Deus é alegria (Sl 16:11; Sl 48:2; Gl 5:22). O mundo é frágil (1 Jo 2:17), Deus é poder (Ap 1:8).

O mundo caminha sem esperança (Ef 2:12), contudo os cristãos tem a bendita esperança (Cl 1:27; 1 Ts 4:13-17; Tito 2:13-14). O individualismo, associado à solidão, tem recrudescido no mundo, no entanto os cristãos fazem parte da gloriosa família de Deus (Ef 2:19; Fp 3:20).

O caminho do mundo é largo e leva para o inferno (Sl 9:17; Mt 5:29-30; Mc 9:42-48). O caminho de Deus é estreito, mas leva à vida eterna (Mt 7:13-23). Se ser cristão é ser louco, sou o mais louco de todos (1 Co 1:18-27). Ser cristão, questão de inteligência. Ser cristão, questão de lógica. Ser cristão, não tem comparação. Soli Deo Gloria.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

*A Família e os desafios modernos

Textos Bíblicos: Jó 1:1-6; Ez 14:14,20; Tg 5:11; 1 Co 11:33.

Diante de inúmeras mutações experimentadas na família moderna, é mister expor alguns conselhos práticos, baseados na vida de um personagem bíblico, este tido pelo próprio Deus por sua piedade irretocável. Era um homem reto, íntegro, temente a Deus e que se desviava do mal. Seu nome: Jó.

Num tempo em que a família tem experimentado um declínio aterrador, percebe-se que carecemos de pinçar algumas diretrizes que o personagem Jó aplicava à sua família. Mister ressaltar que ele tinha o testemunho do próprio Deus.

Pois bem, o texto do livro que leva seu nome, Jó, mostra-nos que este homem tinha qualidades indiscutíveis em seu caráter: íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal. Analisemos, pois, estas qualificações: Integro e reto, trata do que educadores idôneos são unânimes em asseverar: que o pai deve deixar três coisas para seus filhos: exemplo, exemplo e exemplo. Temer a Deus é tido pelo rei Salomão como sendo o princípio da sabedoria. Desviar-se do mal, pode sugerir que o patriarca Jó era um homem prudente, cauteloso, isto é, que não se expunha ao perigo iminente.

Conta-se que na Inglaterra, por volta do século XIX, o rei estava a procura de alguém que fosse habilidoso o suficiente para conduzir sua carruagem particular. Após um exaustivo teste, onde inúmeros pretendentes foram observados e a maioria deles reprovados, ficaram três concorrentes à vaga tão almejada. Como todos haviam cumprido os requisitos pela corte real, o conselheiro-mor dirigiu-lhes a seguinte pergunta:


"caso os senhores estejam com sua majestade na carruagem e passem por um precipício, a que distância mínima passariam?
O primeiro respondeu:
- senhor, com a experiência adquirida nestes anos, asseguro que conduzo a carruagem real a cerca de um metro do precipício, sem risco para sua majestade.
O segundo, sem delongas, respondeu:
- passo com a carruagem real a 30 centímetros de qualquer precipício!
Neste instante, todos ficaram atônitos, tamanha era a confiança e perícia do segundo pretendente.
Então o conselheiro-mor dirigiu sua pergunta ao terceiro pretendente, que após ponderar, responde:
- senhor, se eu estiver com o rei na carruagem, quanto mais longe do precipício melhor!

Este terceiro foi o contemplado com o emprego. Porquê? Prudência é a palavra-chave. Esposos e esposas devem ser prudentes, cautelosos, jamais subestimar o perigo. Aquele olhar deve ser evitado, principalmente o segundo.

Jó jamais fora dado ao partidarismo familiar, isto é, tratava seus filhos de forma igualitária. O texto sagrado trata de que os filhos de Jó (eram sete filhos e três filhas) iam às casas uns dos outros e faziam banquetes cada um por sua vez, e mandavam chamar suas irmãs a comerem e beberem. Como é rara e preciosa esta cena! Há famílias que os filhos não se falam, que em épocas comemorativas, vão à casa dos pais em horários alternados, isto é, uns vão pela manhã, outros pela tarde e outros à noite, a fim de não se encontrarem. Nota-se que Jó soube, com êxito, educar seus filhos. É nocivo aos filhos ouvirem que seus pais tem preferências por este, ou esta. Conversas do tipo: "este aqui é o queridinho da família, aquela é a burrinha, nunca quis estudar", instauram cárceres de alma, causam traumas que perduram por toda a vida, salvo haja tratamento e cura. Pais, ainda que prefiram, não devem manifestar suas preferências por este ou aquele filho ou filha. Isto é para o bem deles. Observa-se que os filhos de Jó desfrutavam de comunhão uns com os outros. Verifica-se que o êxito de Jó na educação de seus filhos foi o modo de governo familiar. Governar é liderar com bom senso. Jó não foi um déspota, mas um líder por excelência em seu lar. Se presenteava um, fazia assim com todos, caso não pudesse fazer com todos, não o fazia. Se um errava, era disciplinado. Acerca da disciplina, há instruções bíblicas a este respeito. (cf. Pv 13:24; 19:18; 22:6,15; 23:13-14; 29:15-17).

Concomitantemente, Jó apresentava constantemente seus filhos a Deus. Agia como um sacerdote e intercessor deles. Mas não era somente isso. Ele orava por cada um deles, ou seja, individualmente. Não era aquela “oração por atacado”, e sim, “por varejo”. É um modelo a ser imitado. Em uma sociedade dominada pelo emergente apelo ao consumismo exacerbado, à exposição da mídia de programas infantis regados copiosamente por regências espirituais malignas, apelo à pornografia, jogos que estimulam a violência e os valores morais aviltados, os pais necessitam, de forma premente, intercederem a Deus por seus filhos.

Algo peculiar ao nosso aludido patriarca, é que possuía um modelo de comportamento exemplar e carente em nossos dias: ele era monogâmico. Isto fica claro na páginas que se seguem. Seria a monogamia uma atitude surreal? A Bíblia Sagrada trata que não. Infelizmente perdemos este referencial, porém os conceitos divinos são absolutos. A sociedade está persuadida de que deve-se voltar a discutir o tema, pois muitos casais - e, para nossa perplexidade, alguns pastores e líderes - estão encarando o divórcio como uma possibilidade real, como alternativa aos seus casamentos. É preocupante constatar, o número crescente de casos de pastores que estão se divorciando em nossos arraiais. Sabe-se que cada caso é um caso. Mas isso é extremamente grave e prejudicial à família e à instituição do casamento! Das igrejas se requer coragem e determinação para assumirem uma posição bíblica nessa área tão importante.
Divórcio é acima de tudo uma questão espiritual. Jesus disse que Moisés tinha permitido o divórcio por causa da dureza dos corações. Isso significa que, se estivermos com os nossos corações quebrantados, sensíveis à Palavra de Deus e à ação do Espírito Santo, não haverá tantos casos de divórcio na sociedade e dentro dos próprios arraiais evangélicos. É preciso, como escreveu Dennis Rainey, no seu ótimo livro - Oito grandes idéias para o ministério com famílias - declarar guerra ao divórcio. Desgraçadamente, uma significativa parcela dos nubentes, ao contraírem suas núpcias, vêem a mísera possibilidade da ruptura de sua sagrada união.

Para essa guerra, todos são convocados, inclusive políticos evangélicos comprometidos com os valores do Cristianismo e que estão atuando nas assembléias estaduais e no Congresso Nacional. Eles deveriam pensar em projetos de lei que protejam e fortaleçam a instituição do casamento. Jesus Cristo condenou veementemente a bigamia, bem como o adultério e suas práticas congêneres. Por esta razão é que logo no inicio do livro que leva seu nome, o redator exalta as qualificações de Jó como chefe de família.
Aprendamos, portanto, com Jó a sermos exemplo para nossos filhos, não dados ao partidarismo, apresentá-los a Deus, ou seja, orar por eles e com ele e sermos fiéis a nossos cônjuges. Este é o maior presente que se deixa a um filho: amar a Deus sobre todas as coisas e amar o cônjuge.






*A Doutrina Bíblica do Julgamento Final

O Julgamento no Antigo Testamento

Reconhecemos que, via de regra, há certos assuntos e temas que são, por si só, populares e que gozam de prestigio. Todavia, existem assuntos que não desfrutam de simpatia e, por esta razão, são “esquecidos” por uma maioria, pois são impopulares por sua natureza condenatória. Contudo, este artigo é a nau capitânia ou pedra angular, pois a doutrina bíblica acerca do juízo final é o ponto de mudança das eras. Ele está situado tanto no final desta, bem como no inicio da era por vir.

Além disso, quase todas as doutrinas bíblicas estão ligas de alguma forma à promessa de um julgamento final, quer tratemos de eleição, do livre-arbítrio, arrependimento, do pecado original, do alcance da expiação, da soberania divina etc... Todos os conceitos teológicos encontram seu clímax nesta noção singular de um julgamento escatológico absoluto.

A perspectiva propedêutica deste artigo é exegética e a final teológica. O exame será com zelo, ainda que breve, tanto do antigo testamento quanto do novo testamento, concernente a certos vocábulos hebraicos e gregos.

No antigo testamento, a idéia e conceito de Deus como juiz é tratada pelo uso freqüente da palavra SHAPHAT (Dt 32:36 e Jz 11:27). Quando Deus aparece em situações de iminente juízo, o vocábulo SHAPHAT surge inevitavelmente. Assim verifica-se em textos como: Gn 18:25; Is 30:18; Is 40:14; Ml 2:17 e Jr 8:7. Nota-se outro vocábulo, digno de verificação, de que o sentido básico é o do discernimento: MISHPAT. Esse ponto de vista também pode alegar certo fundamento nas línguas cognatas. De fato, MISHPAT refere-se a fria neutralidade de um juiz imparcial. Concomitantemente, é mister salientar que, venha de Deus ou dos homens, o julgamento é fundamentalmente dinâmico. SHAPHAT / MISHPAT, em sua base, designa um processo pelo qual alguém discerne entre o certo e o errado e age em função disso. Não é uma atividade intelectual executada com imparcialidade acadêmica. MISHPAT denota um bem-agir dinâmico, pois em hebraico, julgar e ajudar são idéias correlatas. Isso deve ser visto especialmente na ajuda aos fracos, pobres, desamparados e indefesos.

O profeta Zacarias (Deus se lembra) apresenta os deveres dos homens: “eis as coisas que deveis fazer: falai a verdade a seu próximo, executai o juízo nas portas, em favor da paz” (Zc 8:16). E Isaias vai além: “aprendei a fazer o bem, atendei à justiça, defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas......” (Is 1:17). O julgamento tem um aspecto salvífico e na grande maioria em que o verbo SHAPHAT ocorre, existe uma referencia direta ou indireta do julgamento do SENHOR..

Hoje, poucos usariam espontaneamente uma fraseologia forense para descrever suas relações com Deus. Há uma aversão ao legalismo e suspeita-se de categorias legais que estabeleçam ritos para tal relacionamento. Mas os hebreus não tinham tais inibições. Exultavam com figuras forenses e eram admiradores especiais de ilustrações de ações judiciais em que Deus e seu povo estivessem em lados antagônicos (Is 41:1; Jr 12:1; Mq 6:1). Os hebreus faziam distinção entre o julgamento feito por Deus e pelos homens, pelo fato de o primeiro ser totalmente justo e o segundo ser falível. Era unânime a idéia de que os ricos e bem relacionados não eram julgados como os pobres, viúvas e órfãos. Verifica-se a repetição da história.

Para os homens do antigo testamento, o fator mais significativo era o julgamento escatológico feito por Deus à toda humanidade. A freqüência de exemplos desse uso futuro do termo, comparada à escassez de exemplos em que se diz que JEOVÁ de fato julgou os homens, mostra que os hebreus reconheciam o julgamento do SENHOR, não tanto no que ELE fez, mas no que ainda fará. É uma expressão de fé. É também uma profunda expressão de convicção de que o mundo está fora de ordem, ou seja, há uma desarmonia entre a vontade de Deus e o modus vivendi dos homens. Desejar o dia do SENHOR não é coisa boa para os desobedientes, incrédulos e pecadores. “Ai de vós, que desejais o dia do SENHOR! Para que desejais vós o dia do SENHOR? É dia de trevas e não de luz. Como se um homem fugisse de um leão e se encontrasse com um urso; ou como se, chegando em casa, encostando a mão à parede, fosse mordido por uma cobra” (Am 5:18-19). Parece claro que, na expectativa popular, o dia do SENHOR, seria para os israelitas um alívio de suas dores e perseguições, mostrando evidentemente que Deus estaria ao lado de Israel. Contudo o profeta Amós tem uma mensagem que difere deste pensamento tão difundido na época. Está é a mensagem dos profetas acerca do dia do juízo final, que permeia todo o antigo testamento: Deus não tem favoritos. Não é por mero acaso que a ultima sentença do antigo testamento é uma palavra de julgamento.


O Julgamento no Novo Testamento: uma iminente realidade.

A palavra básica usada para julgamento no novo testamento é KRINÕ, e suas declinações são krina, krima, diekrinomem, krisis, krisei. Aplicam-se estas palavras ao ato de julgar e ao processo legal. Jesus Cristo não tinha a intenção de julgar os homens, assim como o sol não tem a intenção de lançar sombras, mas, brilhando o sol sobre uma paisagem, as sombras são, deveras, inevitáveis.

Yochana’n Shãlia (apóstolo João), tem muito a nos ensinar, quando nos mostra a natureza da operosidade forense de Cristo. Ele escreve: “O julgamento é este: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas que a luz; porque suas obras eram más” (Jo 3:19). Julgamento aqui é krisis, que denota o processo, não krima, que indica sentença. Ele está dizendo: “Este é o processo instaurado”. E por causa deste processo, os homens são forçados a tomarem uma decisão, com implicações eternas e irrevogáveis.

Alguns pontos são imprescindíveis para melhor elucidar estas questões. Em primeiro lugar, o dia do juízo final é ponto pacifico e principio elementar do cristianismo bíblico (Hb 6:1-2 e Hb 12:23). Em segundo, todos hão de comparecer ante o tribunal de Cristo (Rm 14:10; 2 Co 5:10). É inevitável (Rm 3:2). Ninguém escapará deste dia. Sendo assim, o juízo final é mais certo que a morte, pois nem todos os homens morreram (Enoque cf. Gn 5:24; Hb 11:5; Elias cf. 2Rs 2:9-11) e, por ocasião do arrebatamento de Igreja, os cristãos não passarão pela morte (1 Co 15:51-52 e 1 Ts 4:15-17). Verifica-se o juízo de Deus nos sacramentos da Igreja. O batismo é como morrer com Cristo e ressurgir com ELE em novidade de vida (Rm 6:4-6), portanto trata-se de uma a aceitação voluntária do veredicto do pecado, em união com Cristo, cuja perfeita obediência foi aceita e coroada na ressurreição; o batismo é, em essência, confessar o pecado, aceitando o veredicto de Deus. Na santa ceia deve haver um auto-julgamento, pois caso contrário haverá um julgamento divino (1 Co 11:28-29).

Os mortos não escaparão deste dia (At 10:42 - krites; 2 Tm 4:1 - krinei; 1 Pe 4:5 - krina; Ap 20:12 - ekritisan). Os anjos caídos, aqueles que se insurgiram contra Deus, tornando-se asseclas do diabo, ou seja, demônios, não escaparão do dia do juízo de Deus. Alguns deles estão soltos, outros estão presos no inferno, aguardando o dia do juízo final, dada sua altíssima periculosidade. ( cf. Lc 8:28-31; 2 Pe 2:4; Jd 5-6). Em relação à satanás, somos informados pelo Senhor Jesus de ele já está julgado. Disse Jesus: “....príncipe deste mundo já está julgado (kekritai)” (Jo 16:11). O vocábulo grego nesta sentença é kekritai que significa uma sentença transitada em julgado, isto é, pronunciamento jurídico irreversível. Desconhece-se o momento na história (ou na meta-história) em que ocorreu este julgamento procedido de condenação sumaria, mas certo é que satanás está condenado e tem ciência disto. Sabemos que ele perdeu o acesso ao céu, pois foi expulso (Ap 12:12), anda passeando pela Terra (Jó 1:7) e é sabedor que um dia será encarcerado (Ap 20:1-3).

No entanto, um problema nisto: como pode alguém estar condenado e desfrutar da liberdade? Juridicamente falando, há casos em que o individuo é indiciado, processado e condenado, mas por razões diversas não foi preso. Inicia-se a busca do condenado, geralmente por condução coercitiva, seja por força policial, pelo oficial de justiça ou espera-se que o sentenciado apresente-se para o cumprimento da pena recebida. Vamos imaginar. Um sujeito nesta condição de condenado, está foragido da justiça. Suponhamos que ele vai para um lugar distante, onde ninguém o conhece. Ele está em casa e, de repente, bate à sua porta um agente de lei – que nada sabe acerca do condenado. O que ocorreria? Quiçá o condenado pensaria: “me descobriram, serei preso”. Como fugiu da primeira vez, fugiria de novo. Imaginemos mais. O mesmo individuo está em um supermercado, em outra cidade e, de repente, depara-se com dois policiais adentrando no estabelecimento. Via de regra, o sujeito condenado procuraria, sorrateiramente, evadir-se do local. Porque a fuga nos dois casos? Porque o condenado reconhece alguém que é autoridade. Esta é a razão do enunciado Bíblico: “.....resisti ao diabo e ele fugirá de vós” (Tg 4:7). As forças malignas reconhecem quando uma autoridade espiritual está perto e Jesus Cristo nos deu esta autoridade (Lc 10:19). Os crentes em Cristo podem e devem exercer sua autoridade sobre o diabo.

Por esta razão é que Deus ofereceu uma segunda chance de salvação aos homens. A rebelião teve inicio com o diabo e não com o homem. Não foi o homem que criou o pecado, mas, sim, o diabo. Observa-se de que antes da queda, a arvore do conhecimento do bem e do mal estava no jardim do Éden (Gn 2:9, 17). De fato, somos informados de que Adão e Eva foram enganados, portanto não tinham a intenção de pecar contra Deus (1 Tm 2:14). Sendo assim, não há perdão para o diabo, mas para o homem, Deus tem dado a melhor e maior das possibilidades: Jesus Cristo.

Em terceiro, os cristãos irão ao julgamento (Dt 32:36; Am 4:12; Hb 10:30; 1 Pe 4:17-18), não como réus, e, sim, como jurados (Jo 5:24; Mt 19:28; Lc 22:30; 1 Co 6:2-3; Rm 8:33-34; Ap 20:4). O Apostolo Paulo informou-nos que os crentes comporão o supremo tribunal celestial, com autoridade para julgar homens e anjos caídos. É mister salientar que o próprio Jesus afirmou acerca do dia do juízo final. “Ninivitas se levantarão (anasthsontai - ressurreição) no juízo (krisei - ato de julgar) com esta geração, e a condenarão (katakrinousin - transitado em julgado), porque se arrependeram com a pregação (khrugma - pregação) de Jonas”. Em suas palavras, os ninivitas – povos conhecidos pela tamanha perversidade e depravação, exercerão autoridade para julgar os impiedosos, incrédulos, réprobos e inconversos. Isso foi possível graças ao arrependimento que eles tiveram ao se converterem através da pregação do profeta Jonas (Mt 12:41). O julgamento dos servos de Deus iniciou-se quando estes reconheceram-se pecadores, arrependeram-se de seus pecados, creram no sacrifício vicário de Jesus Cristo na cruz do calvário, recebendo-O como Senhor e Salvador de suas vidas. “Quem NELE (JESUS) crê não é condenado” (Jo 3:18).

Por fim, os fiéis podem confiar e exultar pelo dia do julgamento final. Este dia será majestoso para os crentes. “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica”(Rm 8:33-34). Esta doutrina dá sentido à vida, pois sabemos que, finalmente, o bem triunfará sobre o mal e a justiça de Deus abrangerá a todos. A promessa do triunfo da Igreja gloriosa de Jesus de cumprirá. “Deus não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho e do amor que evidenciastes para com o SEU nome” (Hb 6:10). A doutrina do juízo final encerra muitas verdades importantes, pois o conceito de julgamento indica que a historia caminha inexoravelmente rumo a um objetivo e que Deus e o bem triunfam, e que, enfim, a vontade de Deus se cumprirá com perfeita exatidão. Assim é que o Apostolo João revela: “Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que, no dia do juízo final, mantenhamos confiança; pois segundo ELE é (JESUS CRISTO), também nós somos neste mundo” (1 Jo 4:17).

*Desabafo Pastoral


Hoje em dia, no seio da Igreja evangélica, nota-se que no campo chamado de cuidado Pastoral, temos simplesmente nos acomodado às tendências do hodierno tempo. Ao olharmos para as obras recentes de aconselhamento Pastoral, verifica-se numerosas referências a Sigmund Freud e pós-freudianos, a Jung e aos behavioristas, contudo não há, absolutamente nenhuma referência a Gregório, o grande (540-604), ou a Gregório de Nissa (334-395), ou a Agostinho de Hipona (354-430), ou aos escritos Pastorais da era patrística, ou a Thomás de Aquino (1224-1274), Martinho Luthero (1483-1546) e João Calvino (1509-1564).
Deve-se distinguir claramente duas coisas: as verdadeiras teorias médicas com a técnica dos psicanalistas, e a concepção filosófica geral do mundo que Freud e alguns outros lhes acrescentaram. Este segundo ponto, a filosofia de Freud, está em direta contradição com o cristianismo bíblico e com outro psicólogo, Jung. Além disso, quando Freud explica como curar neuróticos, ele fala como especialista de sua área, mas quando começa a falar em filosofia e teologia, fala como amador.
Com isso, observa-se que o trabalho pastoral moderno, simplesmente se acomodou à psicoterapia e isto não consiste em vantagem alguma! Os antigos Pais da Igreja, em seus escritos, nos demonstram que podemos beneficiar-nos de suas percepções e maturidade espiritual no labor pastoral. Apesar de ser um teólogo novo, enfatizou meu trabalho pastoral aquilo que, em nosso tempo, Clive Staple Lewis (1898-1963) chamou de cristianismo autêntico. Protesto em nome do Senhor Jesus Cristo contra as formas “modernas” de cristianismo! Os métodos mudam, a teologia jamais. A Igreja deve se modernizar, mas jamais se mundanizar. Voltemos à palavra pura e genuína, a qual tem poder para salvar nossas almas.
Em meu programa de ensino, exponho com toda a insistência imprimir nas mentes dos cristãos e ainda não cristãos, os grandes princípios fundamentais do cristianismo contido nas Santas Escrituras, começando na aliança batismal, fé, sujeição e amor ao Deus triúno , bem como o amor aos homens e a harmonia com a Sua Igreja. É preciso muito tempo para explicar o verdadeiro e proveitoso método do Credo (a doutrina da fé cristã), a oração do Pai nosso (aquilo que desejamos), e os dez mandamentos (a lei prática); o tratar desses assuntos fornece matéria adicional para o conhecimento da maioria do que se professam cristãos, sempre ensinando o que é subserviente aos grandes pontos da doutrina bíblica, da fé, esperança e o amor cristão, santidade, unidade, noções estas que carecem ser constantemente inculcadas, como inicio e fim de tudo.
Face ao exposto, como jovem Pastor, eterno estudante de teologia, amante indiscutível da Santa Palavra de Deus, estimulo aos meus nobres colegas de ministério, com todo o decoro que merecem, a estudarem com diligência, ensinarem e lutarem pela fé que foi dada aos santos.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

o básico

Jesus Cristo, a rocha dos séculos!